Redes Sociais na Educação

Reportagem sobre a comunicação de Patrícia Fidalgo, Análise de Redes Sociais, no Workshop W3i

pajek_imdb[1]

 

1) Link para o poster que elaborei sobre a comunicação acima referenciada: http://www.glogster.com/angeldout/poster-w3i-janeiro-2013/g-6l1lh90fvj7va3h5d10rca0

2) Link para uma breve entrevista à professora Patrícia Fidalgo: https://docs.google.com/open?id=183EwIFFBHY8Aa91wVzVvHpu8EaXX3lhNpcUMjH3t-pqoPx7UvOa0_4u3jGMo

3) Link para um documento em que sistematizei uma série de ideias sobre Análise de Redes Sociais:

4) Link para uma magnífica animação, da autoria de Manuel Lima, sobre o conceito de «Rede»: http://www.youtube.com/watch?v=nJmGrNdJ5Gw [Para quem não conhece, foi produzido pela RSAnimate e CognitiveMedia, a cujo site vale a pena fazer uma visita]. A metáfora da rede emerge como um princípio organizador do pensamento.

Imagem Vídeo Manuel Lima

Aqui se coloca a questão da natureza e universalidade da estrutura em rede.

Imagem 1 Vídeo Manuel Lima

PLEs |Justificação da Representação

Peço desculpa pela imaturidade, ainda, das ideias que se seguem, mas dado que, para mim, a tarefa se revestiu de uma dimensão considerável, o tempo para as trabalhar foi escasso.
Desde há várias décadas, mas especialmente nos anos 80, que a metáfora que relaciona o cérebro com os computadores tem feito correr muita tinta e alimentado acesas discussões. Hoje em dia, neurocientistas «de topo» como Varela, Maturana ou Edelman, «arrepiam-se» com esta metáfora, utilizando uma panóplia de argumentos para demonstrar o quão inapropriada é.
Não é este o momento nem o contexto adequado para trazer esta discussão, do meu ponto de vista bem interessante e profícua em termos epistemológicos e conceptuais, nem sequer de me posicionar nela. Acrescento, apenas, como nota curiosa, o facto de uma equipa de cientistas da Universidade do Colorado (O’Reiley, 2006 Revista Science] ter descoberto que os neurónios do córtex frontal do nosso cérebro, a «zona nobre», funcionam de modo digital, com um código binário de 0/1 [diferentemente de outros circuitos neuronais, que são sistemas analógicos e paralelos], do mesmo modo dos circuitos eletrónicos dos computadores.

BrainBailly[1]Por que razão, então, colocar aqui a questão do cérebro? Para responder a esta questão terei de descrever brevemente o processo de construção da representação gráfica do meu PLE. Do meu ponto de vista, para realizar este trabalho, eu teria de ter muito claras uma série de questões. Uma delas é um quadro conceptual sólido do que é aprender [e aqui estou a utilizar o conceito na sua forma mais lata]. Pareceu-me também importante clarificar o que é que se passa na nossa cabeça quando estamos a aprender. De que é que precisamos para aprender. E depois, como é que podemos passar este «in» para o «out». E é aqui que entra a «conversa» sobre o cérebro.
Ao contrário da metáfora que apontei acima, parece-me importante fazer o percurso ao contrário: o que é que existe à «nossa mão» que melhor se adapte para simular, em determinados contextos, o que se passa no nosso cérebro, quando estamos a aprender? Daí, também, esta minha representação gráfica ser conceptual e não centrada em ferramentas, nas ações ou nas pessoas.
Um grande pedagogo brasileiro, injustamente pouco referenciado, Lauro de Oliveira Lima, partilha com Steve Jobs a ideia de que a tecnologia implica instrumentos que «ampliam» as nossas capacidades, por exemplo as cognitivas, se nos referirmos ao computadores e aos ambientes que eles envolvem.
Steve Jobs afirma: I think one of the things that really separate us from the high primates is that we’re tool builders. I read a study that measured the efficiency of locomotion for various species on the planet. The condor used the least energy to move a kilometer. And, humans came in with a rather unimpressive showing, about a third of the way down the list. It was not too proud a showing for the crown of creation. So, that didn’t look so good. But, then somebody at Scientific American had the insight to test the efficiency of locomotion for a man on a bicycle. And, a man on a bicycle, a human on a bicycle, blew the condor away, completely off the top of the charts. […] And that’s what a computer is to me. What a computer is to me is it’s the most remarkable tool that we’ve ever come up with, and it’s the equivalent of a bicycle for our minds [1995].
Lauro de Oliveira Lima [não cito, porque estas ideias fazem parte de mim há tanto tempo que agora demoraria imenso a encontrar os sítios exato onde este autor as expressa, embora se situem fundamentalmente na obra Treinamento em Dinâmica de Grupo, 1979] diz que O homem é artificial: ampliou os seus músculos (máquinas), a sua força (energia), a sua perceção (instrumentos), a sua fala (aparelhos), o seu pensamento (computador). A civilização é uma projeção do homem: tudo foi feito pela sua cabeça. Nada se faz, contudo, sem cooperação e sem comunicação. E esta última ideia da cooperação e da comunicação é sustentada por outra onde afirma que nascemos em estado fetal, somos seres prematuros porque aprendemos a ser homens com os outros homens: O útero do homem é o grupo e não a mãe. A inteligência é um fenómeno social. Neste sentido, ou modifica o meio (faz cultura), ou se modifica (aprende). Pensar é uma forma de ação interiorizada (representada).
Hoje em dia, penso que a questão da «ampliação» das nossas competências através da tecnologia se alargou mais ainda a dois níveis: 1) encarando-se as ferramentas tecnológicas, usadas de determinada forma, como ferramentas cognitivas [ideia defendida, por exemplo, por David Jonassen], e 2) utilizando a tecnologia para ligar/conectar pessoas, criando-se redes de comunicação e de colaboração que estão muito para além de sistemas lineares de circulação de informação [à semelhança das redes neuronais?].
Então, não é o cérebro que se assemelha a um computador. Do meu ponto de vista, fomos nós que criámos os computadores à semelhança daquilo que conhecemos sobre o nosso cérebro [e a Inteligência Artificial é disso exemplo]. E isto parece-me importante para usarmos a tecnologia de modo a que esta nos ajude [como disse acima, traga o «in» para o «out»] a criar ambientes de aprendizagem que utilizem e potenciem as operações cognitivas que naturalmente se desenvolvem no nosso cérebro.
Deste modo, um PLE, como o concebo neste momento do meu estudo, implica:
1) um contexto global, [alguns autores utilizam uma denominação que muito me agrada a landscape of learning],  onde o PLE se concretiza;
2) um conjunto de processos, chamemos-lhe «cognitivos», materializados em «caminhos» de pesquisa, seleção, avaliação, análise, trabalho, inquirição, confronto, construção, reflexão, divulgação, feeddback, entre outros, e num conjunto de ferramentas que permitem a manipulação e representação de objetos, através de uma gramática semântica, semiológica;
3) um conjunto de redes, que permitam o exercício da comunicação, interação e colaboração com outros;
4) um processo específico, chamemos-lhe «epigenético», no sentido em que implica as dimensões tempo e história que devem ser consideradas no desenvolvimento, complexificação e auto-organização do sistema, no seu todo, e que são controlados pela pessoa através de processos metacognitivos;
5) uma identidade virtual que, sendo componente da identidade pessoal, é dinâmica e mutável.

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Estes 5 pontos aqui enunciados deverão estar sustentados/enquadrados por uma teoria, que se deseja explícita e intencional, do processo de aprendizagem, uma vez que um PLE implica competências de auto-direção [self-directed learning] na gestão do mesmo, e onde os aspetos conativos e emocionais/afetivos da aprendizagem [ainda não os tinha referido] têm um papel.
Uma vez que representa, mesmo que inconscientemente, o modo como penso, ao longo do tempo pode contribuir para mapear percursos, tornando visíveis áreas fortes e fracas, orientando o processo de aprendizagem
Não sendo o PLE um produto, mas antes um sistema, apresenta caraterísticas como o facto de se mostrar multidimensional, orgânico, plástico, móvel, criativo [eu gostava que também pudesse ser esteticamente estimulante]. E que, embora possa ser partilhado com outros, tem necessariamente que ser eficaz, para mim.

1) O «social» em imagens

Ora aqui fica uma imagem do grupo organizador, do tipo «casamento» (aliás, formato muito utilizado, por exemplo, em encontros de líderes mundiais). Parecem todos muito satisfeitos com o trabalho realizado (e é para estarem mesmo!).
Já agora, aqui fica o link para a «reportagem» completa. Nessa série de fotos, podemos encontrar algumas caras conhecidas, elementos do nosso grupo de trabalho (com um ar muito concentrado…, diga-se de passagem).
https://picasaweb.google.com/106462624200174572138/MyMPeL2012#